domingo, 20 de junho de 2010
JOÃO PARA ALÉM DO QUINTAL
Acordou determinado a ir até um lugar onde nunca esteve, um lugar que jamais pensou. Seguiu para além do quintal, tomou estradas proibidas, atravessou céus e abismos irrompendo para além do “disso ou daquilo” até chegar a um lugar que simplesmente não existia, ao tempo de todas e de nenhuma hora. Sentiu seu corpo e sua alma, toda a natureza e também o que é sutil ou escapa aos nossos sentidos como uma só manifestação de vida. João percebeu a luz nos sorrisos das crianças, a liberdade no canto de pássaros, o elixir das plantas, a coreografia dos astros. Ele se viu como fauna, uma espécie de macaco, não mais como uma caricatura de algo supremo, aboliu sua escravidão da culpa e da morte. João foi para um lugar que simplesmente não existia onde desenvolveu a habilidade de ver a beleza e não mais envelheceu...
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